Nós, Aline Mello e Edmilson Moura, na condição de cidadãos goianienses e membros fundadores da…
MORADOR DO SETOR SUL ESTUDA DOCUMENTO PARA TENTAR EVITAR QUE CÂMARA ATROPELE LEGALIDADE.
Paulo Marcus Baiocchi, de67 anos, morador do Setor Sul há 45, passou parte do final de semana debruçado sobre o calhamaço do volume 24 do novo Plano Diretor de Goiânia. É a forma que ele, um paisagista conhecido da capital, encontrou para não permitir que os vereadores votem, à revelia dos interesses da cidade, o documento que vai determinar os rumos de Goiânia nos próximos dez anos.
Baiocchi é um dos cidadãos preocupados com o rumo com que a Câmara de Goiânia tem dado ao rito burocrático e, segundo pessoas envolvidas não processo ouvidas pelo jornal O Hoje, sem publicidade. “Eles[vereadores] estão correndo com muita pressa, com uma ansiedade gritante no sentido de aprovação deste Plano Diretor, com isto desrespeitando o trâmite normal citado no estatuto da cidade, com falta de transparência das decisões que impactar suportado gravemente em nosso setor ”, explica ele, claramente contrariado e que inclusive fixou uma faixa na porta de casa com os dizeres: “O mercado imobiliário não irá decidir o nosso futuro ”. Além do documento, Baiocchi tenta entender o estudo elaborado pelo Grupo de Estudo criado pela Prefeitura para análises das mais de 200emendas, que, para ele, não são claras sem a visualização em mapas, que devem ficar prontos no dia da votação do documento pelos vereadores no Plenário da Câmara. “Além de não ser concedido o prazo legal de 15 dias para estudo do volume 24, pela população e ou associações. Estamos discutindo algo imcompleto”, reclama o morador. Ele se preocupa com a flora e fauna dos lotes. “Eles querem fazer prédios sem estacionamentos. A última coisa que pensamos é valorização. Pensamos na fluidez do Setor Sul ”,afirma ele. “Tem sombra encobrindo as casas. É isso que estamos lutando, para não perdermos a qualidade de vida. E essa temperatura pode impactar”. Quando chegamos mais perto de um parque a gente sente a qualidade do ar. Uma temperatura mais baixa. Olha lá no Areião ”, disse. Baiocchi foi um dos participantes da audiência pública promovida pela Comissão Mista da Câmara para discutir o novo Plano Diretor nesta segunda-feira (13). Na próxima audiência, na quarta, Baiocchi deve levar uma discussão mais voltada para o cotidiano e pela qualidade do goianiense. Ocorrerão outras duas audiências, 13 e 15 de dezembro. Além de 12 vereadora, participaram, presencialmente e online, servidores da Secretaria Municipal de Planejamento (Seplan) e representantes de associações de bairros da capital. Outra vez foi discutida a falta de transparência no processo e, principalmente, a disponibilidade de informações. A presidente da Associação Amo Jaó, Adriana Reis, também afirmou que não houve tempo hábil para o estudo dos volumes do novo Plano Diretor. (Especial para O Hoje) Moradores cobram mais responsabilidade sobre as mudanças no Plano Diretor.