Nós, Aline Mello e Edmilson Moura, na condição de cidadãos goianienses e membros fundadores da…
A Associação Pró Setor Sul (Aprosul) foi fundada em 17 de dezembro de 2020, por iniciativa dos moradores do bairro, motivados, principalmente, pela necessidade de participação nas discussões e elaboração do novo Plano Diretor de Goiânia, e de serem ouvidos pelo poder público em seus anseios e demandas, conforme prevê o Estatuto das Cidades.
De acordo com a Aprosul, essa participação não aconteceu, visto que nenhum representante da sociedade civil foi convidado a participar do Grupo de Trabalho (GT) instituído pela Prefeitura de Goiânia, com o fim de reestudar o plano e analisar as emendas ao projeto de lei que trata do assunto na Câmara Municipal. Nenhuma associação de bairro ou instituição técnico-científica teve assento nas reuniões do GT, diferentemente do mercado imobiliário, que se fez representar pela Ademi e pelo Secovi. Por fim, a não realização de audiências públicas para debater o tema e a falta de transparência do poder público na condução do processo colocou o goianiense à margem e à mercê de decisões que podem agradar alguns segmentos, mas ir contra o desejo da maioria da população.
Impacto e consequências
Os estudos parciais até agora publicados sinalizam muitas mudanças, dentre elas, o alto adensamento urbano, a permissão de unidades habitacionais de até 15m2, sem a obrigatoriedade de reserva de estacionamento, e edificações sem limite de altura. Essas medidas vão impactar fortemente o Setor Sul e os bairros vizinhos a ele, com prejuízos para o meio ambiente, a mobilidade, a segurança e a qualidade de vida da população local.
O que a Aprosul defende
A associação defende um adensamento mais brando para o Setor Sul, que respeite e valorize aspectos peculiares à sua identidade e projeto. O bairro se caracteriza como patrimônio urbanístico e paisagístico em função de seu traçado original, inspirado nas cidades jardins, histórico e cultural pelo papel desempenhado desde a fundação da cidade, e ambiental, pela flora e fauna presentes nas suas áreas verdes, cujos benefícios se estendem da drenagem do solo ao conforto ambiental.
Associações caminham unidas
Moradores de outros bairros da Capital, igualmente preocupados com a explosão imobiliária já sinalizada na nova versão do Plano Diretor de Goiânia, também constituíram suas associações e passaram a atuar de forma conjunta com instituições que defendem a participação da sociedade civil nas discussões e elaboração do plano. O grupo é formado por: Aprosul, Associação dos Moradores e Proprietários do Setor Jaó (AmoJaó), Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/GO) e Associação para a Recuperação e Conservação do Ambiente (Arca).
Na sexta-feira, 9 de abril, as associações protocolaram carta ao prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, expondo a situação e pedindo que fosse aberto um canal de diálogo, com a participação efetiva da comunidade nos debates, planejamento da política urbana do município e, especialmente, na revisão do plano diretor.
Contato para entrevista
Diretoria Executiva da Aprosul
aprosulgyn@gmail.com
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