Resido no Setor Sul desde 1966 com meus pais, adquiri minha residência própria na rua 120 em 1976, minha casa foi a sétima da rua, nesta época o asfalto, rede de esgoto acabavam na Praça do Cruzeiro.
Criei meus filhos e netos com minha esposa na rua 120, onde tínhamos muro de 1,00 MTS e nosso portão e sala viviam abertos aos vizinhos, era bater palma e entrar.
Tínhamos encontros em nossas ruas, conversas calorosas com nossos vizinhos, troca de quitutes e presenciamos todo desenvolvimento e crescimento de nosso setor, construções de novos vizinhos, asfalto, rede de esgoto, desenvolvimento do comércio, etc…
Hoje vivemos um mundo diferente muros altos, sistemas de segurança, recolhidos em suas casas, porem aceitamos o crescimento e desenvolvimento de nossa região.
Nos julgar barristas por não aceitar o alto adensamento proposto pelo Plano Diretor, nos acusar de querer manter nosso setor como se fosse um Condômino Fechado é ridículo, não queremos a verticalização de nosso bairro e sim a manutenção de um setor horizontal, com a preservação de nossa flora, fauna, circulação de ar, clima, insolação, mobilidade, fluidez, segurança e respeito a nós moradores deste setor.
Nosso futuro não pode ser decidido pelo mercado imobiliário e sim por nós lutando pela manutenção de nossa qualidade de vida e da proteção de nosso setor, com manutenção do equilíbrio de todo nosso eco sistema.
Pois os danos sofridos em nosso setor serão impactantes no clima de toda de nossa capital.
Solicitamos então a preservação de nosso patrimônio histórico, cultural, arquitetônico, urbanístico e traçado do original do Setor Sul.